25.1.12

DETALHES DA NEGOCIAÇÃO VOLKS E CHRYSLER


Mentira no Fim



Em janeiro de 1979 a Volkswagen alemã comprou 67% das ações da Chrysler brasileira. Em abril do mesmo ano Toni Schmueker -presidente mundial da VW- Wolfgang Sauer -presidente da Volkswagen do Brasil- e Donald Dancey -presidente da Chrysler- visitaram as instalações da linha de montagem dos automóveis Dodge e, juntos, anunciaram a intenção de ampliar a produção dos Polara, Dart, Charger R/T e Le Baron.



Em maio, Klaus Hadulla -substituto de Dancey- reafirmou o compromisso de não interromper a fabricação da linha Dodge, além de divulgar o interesse da VW em ampliar a rede de revendedores Chrysler, que ganhariam mais 24 lojas -haviam 117 na ocasião- atingindo um total de 180 dentro três ou quatro anos. ERA UMA MENTIRA, suficiente apenas para dar credibilidade aos carros e desovar os modelos que estavam estocados no pátio.



A produção dos Dodge V8 em 1980 foi de apenas 388 unidades, e o Charger R/T praticamente desapareceu, transformando-se num modelo comum, sem nenhum diferencial além do emblema. Em novembro de 1980 a VW comprou o restante das ações da empresa e, em abril de 1981, Sauer afirmou que só poderia vender automóveis se houvesse demanda, e que todos sabiam que não existia demanda para os automóveis Dodge, dando como exemplo o Dart, que em dois meses não vendera sequer uma unidade.


O presidente da montadora alemã disse ainda que estes carros seriam fabricados, no máximo, por apenas mais seis ou sete meses, raciocínio que rapidamente se concretizou: no mês de agosto a VW parou de fabricar tanto a Variant II quanto os veículos da linha Dodge. A montadora alemã passou a utilizar as antigas instalações da Brasmotor/Simca/Chrysler para produzir seus caminhões -a álcool e a gasolina equipados com o motor 318 V8, encerrando assim a história dos Dart/Charger no Brasil.




Texto retirado da revista Auto & Técnica/Classic Cars nº 21

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