14.1.11

Teresópolis

A situação aqui na cidade não melhora com o passar do tempo. Os dramas só vão mudando com o tempo. O problema é que, como voltou a chover muito desde ontem à noite, corremos o risco de ver reprises de situações caóticas.
Durante todo o tempo, o som de helicópteros, a movimentação intensa de repórteres, bombeiros, policiais, médicos, enfermeiros, voluntários e parentes de vítimas é intenso.
Nas ruas da cidade, sempre tão limpas e conservadas, luvas e máscaras cirúrgicas jogadas na pressa de atender a todos. Antes, os corpos saíam em caminhões. Agora, saem em containeres. Como noticiado, nosso IML tem capacidade para apenas 10 corpos por vez. Imagine 200!
Cenas impressionantes do cemitério, que também não tem capacidade para este número de mortos...
Estamos perplexos, chocados, tristes e preocupados. Toda a ajuda é pouca, e olha que a ajuda vem de todos os lugares! 
Nesta hora sentimos raiva, impotência, impaciência, uma tristeza que parece que nunca mais vai acabar e medo...
Mas  temos que valorizar o que temos de bom e o que de bom nos é oferecido.
Por mais difícil que seja...








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